Hoje, ao telefone, depois de assuntos triviais, José Roberto perguntou: Onde está? E eu, aceitando a brincadeira, respondi: Estou aqui! Ele: Onde está a primavera que você apregoou no seu blog? Rimos um pouco e eu disse que logo daria a resposta. Encontrei algo que não responde totalmente mas aquece um pouco o coração neste dia de muito frio curitibano. Penso que esse inverno está mais apaixonado do que jamais esteve pois...não quer largar da primavera por nada!...rs* E Vera por Vera, também sou prima de alguém...portanto...trago um pouco dessa estação multicolorida em mim...rs*
O Inverno e a Primavera
O senhor Inverno estava feliz.
Dias gelados, muita neve, chuva e muito vento.
Ele, lá do alto, olhava para a Terra
e admirava as pessoas vestidas com grossos casacos,
tremendo de frio, andando apressadas
para chegarem às suas casas
e se aquecerem ao calor do fogo.
Os bichos não saíam de suas tocas.
Dava, até, para ouvir o ronco do urso
no seu longo sono de inverno.
As árvores, sem a roupagem de folhas,
pareciam esqueletos balançando ao vento.
O céu era cinzento, o azul estava escondido
pelas grossas nuvens.
O sol batalhava para aparecer,
mesmo que fosse por uma brechinha
entre as pesadas nuvens.
O senhor Inverno passeava pela Terra
fiscalizando o seu trabalho.
Não tendo moradia certa,
ele passa um tempo num continente
e outro tempo em outro. É assim que ele vive.
Um dia, depois de gelar tudo, ele foi descansar.
Adormeceu. Quando acordou e olhou para baixo
não acreditou no que via.
O sol estava no meio do céu azul
sorrindo e aquecendo tudo,
as flores coloridas e viçosas estavam por todo lado.
As árvores vestiam roupa nova
de folhas tenras de um verde-dourado.
Os animais viviam seus romances de amor
para perpetuar a espécie.
Os humanos substituíram as grossas roupas
por outras mais leves.
As crianças, nos parques, escolas e quintais,
brincavam e cantavam modinhas infantis
batendo os pés e palmas para ritmar.
-Oh! Quem ousou fazer semelhante estrago!
–vociferou, lançando uma rajada de vento gelado,
o senhor Inverno.
E procurou com seus olhos de gelo. Encontrou.
Era a deusa Primavera.
Ele queria reclamar, advertir,
dizer a ela que não podia ir chegando e
invadindo o seu espaço sem pedir licença.
Quando ia abrir a sua bocarra gelada,
a jovial Primavera desfez o nó de um lenço
que tinha no seu regaço, e dele saíram
milhões de borboletas coloridas.
A moça Primavera, no seu vestido branco vaporoso,
cantava e dançava a sinfonia da vida.
O senhor Inverno ficou apaixonado.
A Primavera, percebendo o sentimento do Inverno,
disse a ele que era impossível,
embora ela se sentisse atraída por ele:
“Eu sou só alegria, calor e vida,
você é só frio e tristeza” –disse ela.
O Inverno nada disse, sabia que ela tinha razão.
Agradecida pelo amor do senhor Inverno,
ela lhe deu uma semente com a recomendação:
“plante no gelo esta semente
e quando nascer a flor branquinha
saberá que estou pensando em você”.
E lá se foi o senhor Inverno
para um outro continente
deixando a sua amada reinando absoluta.
O senhor Inverno estava feliz.
Dias gelados, muita neve, chuva e muito vento.
Ele, lá do alto, olhava para a Terra
e admirava as pessoas vestidas com grossos casacos,
tremendo de frio, andando apressadas
para chegarem às suas casas
e se aquecerem ao calor do fogo.
Os bichos não saíam de suas tocas.
Dava, até, para ouvir o ronco do urso
no seu longo sono de inverno.
As árvores, sem a roupagem de folhas,
pareciam esqueletos balançando ao vento.
O céu era cinzento, o azul estava escondido
pelas grossas nuvens.
O sol batalhava para aparecer,
mesmo que fosse por uma brechinha
entre as pesadas nuvens.
O senhor Inverno passeava pela Terra
fiscalizando o seu trabalho.
Não tendo moradia certa,
ele passa um tempo num continente
e outro tempo em outro. É assim que ele vive.
Um dia, depois de gelar tudo, ele foi descansar.
Adormeceu. Quando acordou e olhou para baixo
não acreditou no que via.
O sol estava no meio do céu azul
sorrindo e aquecendo tudo,
as flores coloridas e viçosas estavam por todo lado.
As árvores vestiam roupa nova
de folhas tenras de um verde-dourado.
Os animais viviam seus romances de amor
para perpetuar a espécie.
Os humanos substituíram as grossas roupas
por outras mais leves.
As crianças, nos parques, escolas e quintais,
brincavam e cantavam modinhas infantis
batendo os pés e palmas para ritmar.
-Oh! Quem ousou fazer semelhante estrago!
–vociferou, lançando uma rajada de vento gelado,
o senhor Inverno.
E procurou com seus olhos de gelo. Encontrou.
Era a deusa Primavera.
Ele queria reclamar, advertir,
dizer a ela que não podia ir chegando e
invadindo o seu espaço sem pedir licença.
Quando ia abrir a sua bocarra gelada,
a jovial Primavera desfez o nó de um lenço
que tinha no seu regaço, e dele saíram
milhões de borboletas coloridas.
A moça Primavera, no seu vestido branco vaporoso,
cantava e dançava a sinfonia da vida.
O senhor Inverno ficou apaixonado.
A Primavera, percebendo o sentimento do Inverno,
disse a ele que era impossível,
embora ela se sentisse atraída por ele:
“Eu sou só alegria, calor e vida,
você é só frio e tristeza” –disse ela.
O Inverno nada disse, sabia que ela tinha razão.
Agradecida pelo amor do senhor Inverno,
ela lhe deu uma semente com a recomendação:
“plante no gelo esta semente
e quando nascer a flor branquinha
saberá que estou pensando em você”.
E lá se foi o senhor Inverno
para um outro continente
deixando a sua amada reinando absoluta.
Que magnífica coleção de textos,Vera, é a quintessência .
ResponderExcluirDe alguma forma, acho que entendo o que você deseja contar.
Beijos,
Thereza
Aqui na terra dos calores eternos,faz 15 graus nessa madrugada.
Diz ao JR que também no balneário a Primavera não se dignou a aparecer ainda.