sábado, 30 de maio de 2009

SEM MEDO DE SER FELIZ por Vera Vieira


Primeiro, a luta da ancestral.
Depois a luta para sobreviver
sem haver nascido.
Em seguida, a liberdade!
E lá vai ela...
Locomoção trôpega
Marcha constante
Objetivo único
na corrida de sua vida.
Como o desejo de água no deserto escaldante
Como o abrigo nos braços amados
Como a ilha verde para o náufrago
Como chegar à casa depois de uma longa viagem
...o mar!
E que venham os predadores!
E que venham as altas ondas!
E que venham os choques térmicos!
E que venham as mudanças de marés!
Não importa!
Entre tantas outras que não sobreviverão
ela está lá, correndo, lutando
para alcançar o seu fim:
ser feliz, alcançar o mar, fazer a sua história!
Não está atenta se está em primeiro ou último lugar
Não está atenta se pensam que é morosa ou apressada
Não está atenta se julgam seus métodos adequados ou não
Não está atenta para nada além da conquista do seu destino:
...o mar!
Apenas parte, corre instintivamente, como diz o poeta,
“sem medo de ser feliz”!


Adoro as tartarugas marinhas.
Detesto parecer-me às terrestres!

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