Houve um tempo em que sequer a percebia.
Estava sempre comigo mas brinquei, não a levei a sério.
Houve um tempo em que a pressenti.
Estava distante e a afastei ainda mais.
Houve um tempo em que se apoderou de mim.
Roubou-me alguns seres que amei e ainda amo.
Houve um tempo em que a desejei.
Mas ela é soberana e eu, subalterna.
Houve um tempo em que me deixou em alerta.
Compreendi e aceitei o binômio que me oferecia.
Houve um tempo em que se uniram, vida e morte.
E o espírito forte fez da vida, a vencedora.
Houve um tempo e hoje há outro.
Se não venço, custo a aceitar a derrota.
Haverá um tempo em que nenhuma luta lhe resistirá.
E ela assumirá, definitivamente, o posto de eterna companheira.
Haverá um tempo em que meu espírito se libertará.
Como balão de gás em mãos de criança distraída.
Vera Vieira
Nenhum comentário:
Postar um comentário