A tudo, em minha boca,
um sabor de lágrimas se acresce;
a meu pão cotidiano, a meu canto
e até à minha prece.
Eu não tenho outro ofício,
depois do silente de amar-te,
que este ofício de lágrimas, duro,
que tu me deixaste.
Olhos apertados
de candentes lágrimas!
Boca atribulada e convulsa,
em que prece tudo se tornava!
Tenho uma vergonha
deste modo covarde de ser!
Nem vou em tua busca
nem consigo também te esquecer!
E há um romoer que me sangra
de olhar um céu
não visto por teus olhos,
de apalpar as rosas
sustentadas pela cal de teus ossos!
Trad. de Ruth Sylvia de Miranda Salles
um sabor de lágrimas se acresce;
a meu pão cotidiano, a meu canto
e até à minha prece.
Eu não tenho outro ofício,
depois do silente de amar-te,
que este ofício de lágrimas, duro,
que tu me deixaste.
Olhos apertados
de candentes lágrimas!
Boca atribulada e convulsa,
em que prece tudo se tornava!
Tenho uma vergonha
deste modo covarde de ser!
Nem vou em tua busca
nem consigo também te esquecer!
E há um romoer que me sangra
de olhar um céu
não visto por teus olhos,
de apalpar as rosas
sustentadas pela cal de teus ossos!
Trad. de Ruth Sylvia de Miranda Salles
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