sábado, 19 de junho de 2010

DE CARINHOS E O PEIXINHO BOB por Vera Vieira

Nessa vida tão agitada e que não nos dá muitas chances para o exercício do carinho, essas imagens dão uma lição daquelas! TODOS, TODOS os seres vivos precisam de um espaço para dar e receber carinhos. Caso contrário, a vida de cada um vai se tornando seca, sem brilho. E o que é pior: o não-exercício do carinho acarreta em uma paralisia lastimável - não se recebe, deixa-se de conhecer o benefício e então...também não se dá! Penso que receber carinho é muito, muito bom. Mas penso, com mais força ainda, que dar carinho é muito mais importante. Faz bem ao outro mas creio que faça melhor a quem o oferece. Há circunstâncias na vida que fazem com que pessoas carinhosas deixem de sê-lo. Na maioria da vezes isso acontece porque não há recíproca. O vaso que era tão cheio de carinho vai se esvaziando. Sem receber volume igual ao oferecido, o vaso vai secando, secando...até não restar mais um esboço de carinho. E quanto custa para enchê-lo novamente! Quanto custa para as mãos reencontrarem a posição, o calor, o gesto, o momento certo para entregarem carícias, depois que ficaram muito tempo sem fazê-las! Quanto custa para os lábios dizerem 'sim' a um beijo seja ele por qual afeição seja! Quanto custa o abraço, o aproximar de corpos! Muitas vezes esse retorno se torna impossível. Ou porque a pessoa que deseja acarinhar não consegue mais resgatar esse pedaço que lhe foi roubado ou porque as pessoas à sua volta já perderam a sensibilidade em relação ao tema. Então temos aí um círculo vicioso difícil de romper. Ainda acredito que, mesmo em meio a rechaços, a pessoa que deseja dar carinho sempre irá à luta, tentará furar o bloqueio. Resta ao outro lado tentar compreender e ...experimentar. Quem sabe é bom? poderá pensar. Sempre digo que TODOS GOSTAM DE CARINHO. Uns têm mais facilidade na troca. Outros, nem tanto. Uma pessoa amiga sempre me diz que até ela, que é uma pessoa bobinha, gosta de carinho. Respondo-lhe: 'de pessoa bobinha você não tem nada! Você é uma pessoa sábia. Receber e dar carinho é uma atitude sábia porque não restringe uma das características maravilhosas inerentes ao humano: o afeto e suas manifestações'. Bom mesmo é saber que, se temos carinho, se soubermos expressá-lo, cumprimos uma parte humana para lá de especial. Se damos carinho e não somos muito bem recepcionados, resta-nos uma esperança numa outra afirmação que sempre coloco em meus diálogos: 'ninguém resiste a tanto amor'. Portanto, vamos lá fazer o que será! Miremos o exemplo de Paulinho e seu peixinho Bob. Quanta ternura nos passa essas imagens. Carinho ofertado, carinho recebido... negócio feito! Prestem atenção nas palavras de Paulinho: Bob é muito tímido... gosta de carinho...deita na mão... levanta as nadadeiras...fica feliz...não é só de vez em quando... Bob não é de brincadeira, Bob é de verdade... Bob sai da água... Bob volta para o aquário. E como Bob reconhece a mão que lhe acaricia, sabe que outras vezes voltará a estar feliz.





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