segunda-feira, 1 de junho de 2009

ROSA RUBRA por Vera Vieira


Havia uma veia
interrompida
em meu coração.
Não pulsava, não esquentava,
tampouco palpitava.

Durante longo tempo
ministrei medicina equivocada,
amarga, indigesta.
Coloquei culpas e remorsos
inteiramente em meu modus operandi.

Certo dia descobri
que tal moléstia me foi imposta
como um depósito das falhas
e das incapacidades alheias.
Meu coração inquietou-se.


Fez-se em caminhos cordiais, naturalmente,
a descoberta da vitamina A, de Amor.
Que fortaleceu e revigorou.
Trago hoje no corpo essa rosa rubra,
latejante, orvalhada e olorosa.

3 comentários:

  1. Vera,
    Só alguem com a sua delicadeza e sensibilidade poderia reunir tanta coisa tao linda. Amei.
    Bjs
    Rosmary

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  2. Faço das palavras de Rosmary as minhas palavras.
    Beijos,
    Thereza

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  3. Vera,
    Voce é... surpreendente!!
    Beijos,
    Patricia

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