
“É hora de voltar para casa
E eu já não sei o que é casa
É hora mas eu não sei o que isso quer dizer
Apenas sinto; e o sentir é o instinto de um velho cavalo selvagem
É hora de voltar para casa
O que quer que seja que Casa significa
Talvez signifique terra-casa; a minha morte
E eu sinto o cheiro da raiz me chamando para adubá-la
É hora de voltar para casa
(Sou bananeira que já deu goiaba)
A casa é um todo no inacessível chão
A poeira da estrela no universo será um ponto de luz na distância
Da imensidão(...)
É hora de voltar para casa
Tudo é lar: até o átomo o é
E dentro do nada eu comporei a viagem na alma de todos os caminhos
Pois sei que eu mesmo estou com esse pé na luz
A luz da volta
Para a lágrima inicial de mim
Licor de Ausência”
(Silas Correa Leite – Outubro, 2007, Caderno de Rascunhos Corpovidro, Escrevências)

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